Wednesday, August 23, 2006

A criação

Permitam-me, antes de mais, estender os mais sinceros e profundos cumprimentos a todos aqueles que , eventualmente, percam tempo a ler mais um blog da "minha" autoria. E digo "minha" (entre aspas, para os menos observadores) porque, desde que foi criado,e até a esta altura, este blog já foi alvo de trabalho (praticamente profissional), por parte do outro membro da equipa, bastante mais hábil e "enraízado" neste mundo do blogger: A minha "Maria", que contribuiu com o layout personalizado que podem ver, e de futuro, escreverá muitos e bons posts sobre cinema.

Este novo blog tem um objectivo simples: Ajudar qualquer amante de cinema, do bom ou do mau, do americano ou estrangeiro, que procure saber, de forma simples, o que está de bom ou mau por essas salas fora.

No entanto, para melhor conseguir entender o que pode, ou não, realmente ver (baseando-se nos meus comentários de pseudo-entendido), permita-me perder algum tempo a descrever o tipo de filmes que mais me puxam o olho, para depois não haver queixas do género "Li num blog que este Super-Homem era bom, mas afinal isto é uma aldrabice, os homens não voam":

Eu não sou cromo como a maioria dos críticos. Vivo a minha vida, aprecio o que ela tem de bom, gosto de saborear os seus mais variados aspectos. E considero o cinema um entertenimento por excelência. Se quiser ver cenas verídicas, de drama e desolação, vejo o telejornal. "Mar Adentro", filme espanhol sobre a batalha de um homem e o seu direito à morte (filme de qualidade e extremamente bem representado), não me seduziu.

Por outro lado, dêem-me todos os "The fast and furious" que quiserem, mesmo eu não gostando de carros. Basta-me a adrenalina da competição, a espectacularidade das manobras, a brutalidade dos despistes. Apesar de tudo, não vou ao cinema pelas gajas. Para isso alugava um porno.

Dito de outra forma: Se o orçamento de um filme ultrapassar o PIB de muitos países pequenos, estou lá. Se puder ver algo na tela que seja completamente fantástico e fisicamente impossível, e que nunca verei no mundo real, já valeu a pena. Se o herói vencer o mau no fim e ficar com a miúda, isto é cinema!

Por outro lado, e visto que não sou completamente ignorante, quando saio de um filme que não percebi e toda a gente à minha volta atira palpites para o ar, que supostamente justificam aquilo que acabaram de ver, quase tão absurdos como o filme em si, penso no dinheiro que gastei e em como lhe podia ter dado melhor uso, por exemplo, usá-lo para ajudar um agarrado nos semáforos a conseguir a sua dose. "Mulholland Drive" do Sr. David Lynch foi o pior filme que vi na vida. Nem a cena das lésbicas salvou tamanha confusão. Isto se houve realmente cena de lésbicas. Nem tenho a certeza se uma delas não era um robot. "Elephant" do Sr. Gus Van Sant, foi o único filme que vi na vida (e vi bastantes) onde realmente me deixei dormir. A história não era má, havia potencial, mas sinceramente, aquilo para mim, é má realização. Havia realmente necessidade de filmar a viagem que os putos fizeram desde casa, em silêncio, até à escola, em tempo real, incluíndo os 5 min a pé pelo parque de estacionamento? Adiante.

Sendo estes os piores exemplos cinematográficos dos quais me recordo, vamos passar aos melhores. Filmes de super-heróis da BD (exceptuando o "The Hulk" e o "Daredevil" (ou a grande maioria dos filmes com o Ben Affleck)), grandes épicos como "Troy", A saga "Star Wars", fantasias futuristas (The Matrix), thrillers de acção, animação, etc. Basicamente, a grande maioria dos blockbusters saidinhos de Hollywood. Isto é entertenimento. Isto vale 5 euros. Isto é cinema da pipoca!

Existem outras características que compelem audiências a assistir a um filme além da história ou género. O realizador (devo dizer que, não sendo um ponto no qual me baseio muito, sou fã do Tarantino (reparar na pic)), ou o Cast. Produtores como Jerry Bruckheimer também vão causando o seu impacto pela espectacularidade e qualidade constante dos seus filmes. Em termos de actores, e estabelecendo aqui uma boa base para futuros comentários à minha masculinidade, nunca vi um filme mau com o Brad Pitt.

Como qualquer opinioso, tenho a minha lista negra. Obviamente, o David Lynch está à cabeça, o Spielberg também já anda a abusar, e nunca fui muito à bola com o Woody Allen (embora o próximo filme dele, "Scoop", prometa). Meryl Streep, Hale Berry, Jamie Foxx são alguns dos actores que me lembro dos quais vi pouco, e o pouco do que vi desejei não ter visto. De qualquer forma, caro leitor, pode contar comigo para comentar praticamente tudo o que é feito neste mundo do cinema, à excepção de filmes de terror. A minha namorada não alinha nisso, e eu estou numa fase em que não me excita muito ver pessoas a magoar-se. Chamem-me lamechas.

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