Saturday, December 30, 2006

Best of 2006

É chegada a altura de fazer o apanhado deste ano de 2006, que apesar de não ter sido dos melhores, teve algumas pérolas que me ficarão para sempre na retina. Assim, aqui fica o meu TOP 10 de 2006.

10º - Over the Edge, uma comédia de animação, e é por isso que está neste top. Representa o melhor que este género de cinema ofereceu em 2006. Tem piada, está bem feito, e surpreende pela positiva. Acredito que quem viu a versão portuguesa, tenha perdido bastante.

9º - Mission: Impossible III, o blockbuster por excelência, deixou-me extremamente bem impressionado. Podem ler a crítica completa aqui. É claro que muito perto deste estiveram outros títulos, que se calhar mereciam estar neste top, mas eu fico-me pelas explosões bonitas e o final feliz mesmo.

8º - Deja Vu. É verdade. Nem acredito muito nisto, mas estou a colocar num top 10 meu, um filme do Denzel. E caraças, como eu detesto o Denzel. No entanto, filmes com disparidades espaço-temporais são uma espécie de ponto fraco para mim e este está muito lá. Pode não ser aprovado pela comunidade científica, mas que entretém durante 2 horas e meia, entretém.

7º - The Departed. Na opinião de muitos, o filme do ano. Mas não consegue a reacção do público que o "filme do ano" deveria conseguir. Extremamente bem conseguido, com boas interpretações, e claro, com Jack Nicholson, é um filme de alto nível, com uma das melhores histórias do ano. Grande trabalho do Sr. Scorcese (depois das valentes secas a que nos tem sujeito, já era tempo). Mas no global, não tem nada que nos faça ficar de boca aberta.

6º - Pirates of the Caribbean: Dead Man's Chest. A sequela para um dos melhores filmes de 2003, foi, para mim, melhor filme que o seu predecessor. Mais acção, mais efeitos, talvez um pouco abaixo no humor mas bem balançado com uma boa história, que encaixa perfeitamente na realidade de Jack Sparrow, este filme teve de tudo (adorei o Davy Jones) e, por pouco, não entra no top 5. Um "must see"!

5º - Miami Vice. Eis que chegamos ao top 5. Extremamente discriminado pela crítica (por ser um filme de acção pura e dura), vingou em Portugal como um dos filmes mais adorados do ano. Houve quem não estivesse à espera daquela montagem de imagens, e do trabalho do realizador nas cenas de acção, mas já em Collateral, Michael Mann tinha mostrado o mesmo rigor e a mesma atenção ao pormenor. Só nisso não me surpreendeu. Tudo o resto está brilhante nesta adaptação da série de culto que adorávamos em putos. Grande filme!

4º - Casino Royale. Este foi o filme que calou mais gente este ano. E bem caladinhos. Quem duvidou de Daniel Craig como escolha para representar o agente secreto mais notório de sempre, foi presenteado com o melhor James Bond desde, provavelmente, os tempos de Sean Connery, e o melhor bond entre os dois ainda está realmente por decidir. (comentário sujeito a muita crítica, com certeza)

3º - Little Miss Sunshine. Aquela miúda deu-me a volta à cabeça. Só posso sentir pena por quem ainda não viu este filme.

2º - V for Vendetta. Ia à espera de bom, levei com uma obra-prima. Espectacular filme de "comics", serve como resposta se alguma vez me perguntarem o porquê de adorar tanto cinema.

1º - Superman Returns. Aqui está. Uma escolha polémica, e contrária à de muita gente. Mas não a todos. Não aos "superman fans" como eu. Não para quem vê no super-homem (alguém que poderia facilmente dominar a raça humana, mas que escolhe obedecer às suas leis) uma das maiores criações da humanidade contemporânia, e um dos maiores exemplos a seguir para um miúdo à procura de um herói. Este filme serve essencialmente como homenagem ao personagem, e está realmente ao nível que ele merece. Podem ter a certeza que, para mim, não é o filme do ano, mas da década.

Terminado este top, resta-me falar de 3 flops que poderiam facilmente estar incluidos neste post, mas por outras razões. The Da Vinci Code, X-Men: The Last Stand e Eragon foram 3 desilusões que também não vou esquecer tão cedo. Os 2 últimos foram vítimas de um mau trabalho de realização, o primeiro simplesmente não esteve à altura de toda a expectativa que causou. Vergonhoso.

Tuesday, December 26, 2006

Ai gostei muito do Déjà Vu...

Monday, December 25, 2006

Preview: Transformers

Talvez um dos filmes mais esperados desde a trilogia do Frodo e o anel. Fiquem com o trailer, ainda com muito pouco de "Transformers" propriamente dito.



Friday, December 15, 2006

Eragon

Deixei este comentário no imdb, que aproveito para aqui:

"Could have been worse, but SHOULD have been a lot better!

Just saw the premiere, here in Portugal, and after reading all the terrible reviews, I was ready for the worse case scenario. Fortunatly, it wasn't THAT bad, I actually enjoyed the movie, but one cannot stop wondering why the hell they trashed a lot more of the original tale then necessary. The CGI is great, the cast is actually quite decent, and it really looks like the team that brought us this, wanted the movie do be bad. The "catch phrases" are as awful and basic as any B-movie, and the interaction between characters should have been worked a lot better. But it's fair to say that who hasn't read the book, will overlook some of the flaws.

I'm giving it a 6. A 7 may also be adequate, but... I've read the book. "

Posto isto, não há muito a dizer. Um filme decente e nada mais. Passa demasiado depressa para uma história que devia ser mais complexa. Mas os putos vão delirar.

Aqui também não vai além do 6. Não pode levar o mesmo que o "The departed", isso é certo. Mas esse também merecia um bocadinho melhor que o 7, ó XP.

Thursday, December 14, 2006

Soon to be... ERAGON

Vamos agora ver o Eragon... O momento é solene, mas... Já estou mais ou menos lixado por saber que nem 2 horas tem. Além do trailer, que na realidade até está uma valente merd*. Todas as críticas que li foram agressivamente negativas. E o dragão está igual ao livro, cuja capa foi pintada à mão pela mãe do autor, que não é exactamente dotada artisticamente!

O que se salva disto é que no imdb ainda está "awaiting five votes", ou seja, eu posso vir a ser dos primeiros a votar!!!!

ahah ca granda cromo :D

Sunday, December 10, 2006

Rapidinhas

Bom, já vimos imensos filmes, e o Kriax não fala deles, diz que é falta de tempo e eu digo que é preguiça!

Aqui vai resumidamente, pontuações ao desbarato, feitas aqui pela XP!

O Perfume: Não li o livro, mas gostei bastante do filme. Contaram-me que a personagem principal era muito feio no livro, mas aqui é bem giro! (7/10)

Entre Inimigos: Gostei bastante, passam bem as 3h de filme. Impressionou-me a interpretação do DiCaprio, acho que é agora que fico fã do moço. Parece que este filme é um remake, mas realmente não vi o original. Clap Clap para o Martin Scorsese (7/10)

O Ilusionista: Não conhecia a história e achei que me iria aborrecer a ver o filme, mas afinal o Eduardo (Edward Norton) é mesmo fabuloso e a história mais ele realmente fazem com que fiquemos presos à tela. (7/10)

Estranhos: Bemmmm este foi mesmo uma surpresa. O Pedro ainda teve medo que fosse de terror e eu a morrer de medo no ínicio. Mas não é de terror e eu sinceramente nunca vi um filme assim! Gostei muito! (8/10)

O Diabo veste Prada: Filme levezinho, passa bem o tempo e cumpre com a obrigação de entreter. Nada de especial, mas a Meryl Streep sempre em alta. (6/10)

Scoop: Palavras para quê? Woody Allen, Scarlett Johansson, Hugh Jackman... (8/10)


Sunday, December 03, 2006

Daniel Craig VIVA!!!

Bom, e muito tempo já passou, e nós já fomos ver muitos filmes, o Kriax é que não anda a escrever nada!

Enfim...

Andamos ambos compeltamente malucos com o James Bond! E viva o Daniel Craig!

E para quem diz mal de Bond's loires e de olho azul, eu só digo - OS INGLESES SÃO, NA SUA MAIORIA, DE OLHO AZUL E LOIROS, E ELE É UM AGENTE INGLÊS, IRRA!

Saturday, November 11, 2006

Little Miss Sunshine

Sinceramente, nestes casos particulares eu gostava de poder obrigar as pessoas a ir ao cinema ver um filme. Tal como eu, muita gente vai ficar na dúvida se este será um bom filme. Pelo título não se vai lá, pelo enredo também não ou mesmo pelo trailer. Os 8.2 no imdb também poderão não convencer. Mas o facto de ter Steve Carell (The forty year old virgin) é já um bom indicador daquilo que vão ver (já agora, dizer que o homem é absolutamente brilhante neste filme, muito além de todos os filmes que fez até agora), mas talvez ainda não convença toda a gente. E se isto não convence, não sou eu que vou conseguir. Mas vou tentar!

A história do filme é original. Uma menina de de 9 anos (Abigail Breslin, brilhante!!) vence um concurso regional de beleza infantil, e parte com toda a sua família (um pai convencido que é um "vencedor" (Greg Kinnear, também em bom plano), um tio suicida (Carell), um avô tarado (Alan Arkin, excelente a todos os níveis mesmo), um irmão que odeia tudo e todos (Paul Dano, já tinha visto outro grande filme com ele - The girl next door, aqui com muito mais protagonismo e ainda bem!) e a mãe (Toni Collette, que casting este!)... perfeitamente normal, por acaso) rumo ao concurso nacional (granda parentesis este último), numa carrinha VW da paz, aqueles pães-de-forma espectaculares, só com 3ª e 4ª mudança na caixa de velocidades. Uma road trip do melhor.

TODOS os protagonistas deste filme estiveram ao mais alto nível das suas carreiras. E afirmo isto sem precisar de ver tudo o que já fizeram. Basta-me achar que estiveram simplesmente perfeitos. A escrita e a realização deste filme são imaculados. Jonathan Dayton, Valerie Faris e o guionista Michael Arndt estão de parabéns, pois atingiram aqui um nível de criatividade raramente visto hoje em dia. Eu <- Completamente rendido.

O filme é indubitavelmente a melhor comédia do ano, provavelmente a melhor deste século, e sem dúvida umas das melhores que já vi no cinema em toda a minha vida. Aos 24 anos, pensei que já não conseguia contorcer-me a rir na cadeira como o fiz a ver isto. Considero um verdadeiro privilégio ver este filme, e não vão ver ninguém a sair desiludido da sala de cinema.

9/10 !!

In the spotlight: Aaron Eckhart

Pois é, isto anda tão mau que só hoje é que li o post preocupado da minha co-autora, que, sem dúvida, terá deixado muito boa gente em profundo estado de desespero. Mas não é verdade. A falta de tempo tem-me impedido de contribuir, é certo, mas quando tenho estes bocadinhos livres, aproveito para recuperar. Então vamos lá a isso :)

Aaron Eckhart é um nome que talvez muitos de vós não conheçam (pelo menos assim de repente). No entanto, quem, como eu, viu "Suspect Zero", sabe que estamos perante um actor dramático de nível, que contribui positivamente para os filmes onde marca presença.

A razão deste post prende-se com o facto de terem recentemente saido 2 bons filmes (quase em simultâneo) com este senhor, um dos quais ainda com estreia marcada para 23 de Novembro, outro já quase a abandonar as nossas salas, mas ainda disponível nalguns cinemas.

Começo então pelo segundo. "The Black Dahlia" é um policial que conta a história de 2 detectives envolvidos num caso de assassínio. O papel principal do filme está a cargo de Josh Harnett, que sinceramente, não me convence em filmes tão carregados. Gostei de "Lucky Number Slevin", mas não tenho dificuldade em acreditar que inúmeros outros actores poderiam substituir este rapaz, sem se perder absolutamente nada. Já o senhor do título, mesmo num papel mais secundário, aparece em bom plano, juntamente com Scarlett Johansson, tornando este filme um pouco mais apelativo. Quando terminei de o ver, não pude deixar de pensar em "L.A. Confidential", o que não faz assim tanto sentido, pois estes 2 filmes nem competem no mesmo campeonato.

The Black Dahlia vê-se, mas não se adora.

O outro filme com este senhor, desta vez como protagonista, tem o título caricato "Thank you for smoking", e conta a história do homem cuja profissão é "dar a cara" pela indústria tabaqueira, ou seja, ir a "talk shows" argumentar sobre o facto do tabaco causar (ou não) cancro, e fazer com que o miúdo que sofre de leucemia porque a mãe fumava, lá presente com o objectivo de sensibilizar a opinião pública, saia de lá com um cigarro na boca. Entre outras proezas.

O eu-vi-um-blockbuster teve acesso a uma "sneak preview" deste filme, e a opinião unânime (de 2 não-fumadores) é que o filme é imperdível. Muito bem escrito e realizado pelo Sr. Jason Reitman, o diálogo neste filme é extremamente hipnotizante. Tudo o que sai da boca do gajo faz sentido, mesmo quando se sabe que é tanga. A máxima é, claro: "Se souberes argumentar, nunca estás errado."

Maria Bello (outra favorita aqui no blog) também contribui para o filme, no papel da porta-voz da indústria do álcool, em acesas discussões com o representante do tabaco (Eckhart) e o representante da indústria das armas (David Koechner), sobre quem mata mais americanos por ano. Mas é sem dúvida o actor principal que atrai a atenção do espectador, um gajo fica ali mesmo à espera da próxima fala que sai da boca do homem.

Um grande papel, num grande filme, para um grande actor.

The Black Dahlia: 5/10

Thank you for smoking: 8/10

Monday, November 06, 2006

Será o fim do blog?

Pois é! Não temos aqui escrito por diversas razões, passo a enunciá-las:

1. O blog anda marado, sempre que colocamos um post o template avaria;
2. Porque é para consumo interno, ou seja, só quem escreve nele é que o lê, e como quem o escreve vê os filmes juntos... podemos falar e não será necessário escrever;

Bom entretanto já se viu muitos e bons filmes...
Estou a advinhar um fim triste para este blog!

Thursday, October 19, 2006

Happy Birthday

Pois é, a autora do blog faz anos. Esperemos que seja mais um anito cheio de filmes (preferencialmente daqueles caros e cheios de efeitos, de Hollywood) :P

Muitos Parabéns!

Então e a Dália?

Até gostei da "Dália Negra". Um assassinato macabro, mas de que pouco se fala. Tudo gira em volta dos detectives.

Gostei muito da moça que faz de Dália, não gostasse eu da "The L word" e a Scarlett? Fã?!


Arthur et les minimoys

Do Luc Besson, com o menino de "Charlie e a Fábrica de chocolate" e duendes, tenho de ver!
Ahh já me esquecia... e David Bowie

Sunday, October 15, 2006

Humm... Hesito!

Pois é, não ganhámos bilhetes para a ante-estreia, mas ainda assim fomos ver o "Filme da Treta". Não sabia que o meu companheiro de tanto cinema não gostava propriamente das "Conversas da Treta", mas ainda assim foi vê-lo comigo.

Ri-me do príncipio ao fim.

Muitas alusões a diferentes filmes, entre os quais a alucinação do Lizard King, interpretado por Val Kilmer.

Vão haver sem dúvida frases célebres a sair deste filme, nomeadamente:
Não sei... Hesito (+/- isto);
Sulinariedade
entre outras...

Meus caros, la piéce de resisténce é que existe duas, não uma, mas duas referências a esta bela cidade que é o Barreiro. E mais, ou muito me engano ou filmaram uma parte do filme aqui no Barreiro onde os U2 filmaram também o videoclip! Mas não tenho dados que comprovem isto.

Gostei bastante, e a sala estava cheia, para um filme português isto é muito bom!

Saturday, October 14, 2006

Nacho Libre

Esta é uma cómedia que conta a história de Nacho (Jack Black), um frade mexicano, que sonha um dia poder ser um "luchador" (Wrestler), uma vez que este género de atleta é altamente idolatrado no México. No entanto, com o desenvolver do filme, a paixão por uma freira e a sua preocupação com o bem-estar dos orfãos pelos quais é responsável, levam-no a lutar para poder melhorar a qualidade de vida no mosteiro onde habita. Descrito assim, isto até parece um filme do Stallone. Mas não. A forma como o filme se desenrola é completamente idiota, bem ao estilo do protagonista. Tudo neste filme é de uma estupidez completa, demasiado para conseguir realmente ter piada. Salva-se uma ou outra gargalhada esporádica.

Só mesmo para ver com um grupo de amigos, e gozar um bocado.

5/10

Saturday, October 07, 2006

Preview - The Prestige

Como começam a perceber, actores como Hugh Jackman e Christian Bale, pelos filmes espectaculares em que entram, irão sempre ter lugar de destaque neste blog. Assim gosto bastante da ideia de os ver a competirem entre si, principalmente quando se mete magia à mistura. É disso que trata este filme. 2 ilusionistas, amigos, que se distanciam quando um deles começa a fazer truques demasiado "elaborados". Mais um bom trailer.


Preview - 300

Pessoal, Frank Miller está de volta. Depois do espectacular "Sin City", e antes das tão aguardadas sequelas, surge no cinema mais uma adaptação de um dos seus romances, desta vez "300", um filme sobre a famosa batalha de Thermopylae, onde um pequeno exército grego enfrentou todas as legiões persas. Pelo trailer, este filme está um espectáculo. Disfrutem.


Preview: Accepted

Esta é uma comédia sobre um daqueles falhados do liceu americano, estereotipo tornado famoso por este tipo de filme, mas que eleva este tipo de história a um outro nível. Aparentemente, como é rejeitado de todas as universidades do país, este chavalo resolve inventar (!) uma universidade. E para piorar um bocado a coisa, nesta universidade são aceites mais algumas centenas de caramelos do resto do país! Fiquem com o trailer :)


Preview: Rocky Balboa

Para quem, como eu, ainda duvidava se seria mesmo verdade...


Preview: Eragon

Finalmente, o trailer!


Friday, October 06, 2006

Click

Hoje não é um dia de particular inspiração, no entanto demasiado se passou para não dar umas entradas valentes neste nosso blog.

Para começar, a crítica: "Click" é o que eu considero "comédia fácil", ou seja, aquele filme cuja ideia central é tal, que é extremamente fácil arrancar sorrisos a uma plateia. Neste caso, a ideia de um comando remoto que nos permite controlar todo o universo em nosso redor, associada aos efeitos especiais que hoje temos, é mais que suficiente para despoletar sérias gargalhadas no gajo mais sisudo da sala. E se isso não bastar, temos sempre o cão da família a sodomizar um pato de peluche.

Ao fim de uma hora a ver Adam Sandler a brilhar ao seu melhor nível, a rir que nem desalmados, surge a parte em que percebemos aa mensagem do filme, habitual neste género, boa ou má, certa ou errada, a coisa funciona, a comédia transforma-se em drama, mas sempre com aquele toque especial aqui e ali, que mantém o sorriso nos lábios do espectador.

Quando aos restantes intervientes: Christopher Walken em grande, como sempre, no papel do alegado inventor do comando, e que surge como guia, tentando com que este cumpra o objectivo para o qual foi criado. Kate Beckinsale, a vampira mais hot de sempre, surge agora num papel bastante modesto, longe do protagonismo de "Underworld" ou "Van Helsing", filmes que exigiram bem mais da actriz. Em todo o caso, se o orçamento dava para isso, eu cá fico contente por a ver!

Mas meus amigos, quem eu realmente gostei de ver neste filme foi, não outro que, o grande David Hasselhof, que já tinha revisto há pouco tempo em dvd, no clássico "Knight Rider 2000", o filme que deu término à famosa série do K.I.T.T (tão mau este filme, que nem 3 palavras me sairam quando tentei comentá-lo. Deixou-me realmente triste.). Em todo o caso, este é um dos ícones da minha infância, um marco na minha vida, e quem raios quer saber do clip "hooked on a feeling" que rodou para ai há uns tempos, e que para mim era montagem?? O homem é um patrão, e se os rumores se confirmarem, ainda vamos revê-lo no papel de Michael Knight, num novo filme sobre o Justiceiro, em 2008, o que para mim, é de valor!

Em suma, um filme a ver, para qualquer público. Não percam.

7/10


Saturday, September 30, 2006

Friday, September 29, 2006

Snakes on a plane

Como já foi aqui dito, fomos convidados a assistir à ante-estreia deste filme realizado por David R. Ellis (que já tinha estado em grande à frente de "Cellular"), uma vez que nos fartamos de ir ao cinema, e eles gostam de nós lá. O tapete vermelho foi um sucesso, e as celebridades eram às resmas. Adiante.

Então, como eu ia dizendo, ganhámos 2 convites para ir a um cinema onde raramente vamos, e só mesmo quando é de borla e onde a última experiência do género havia sido com "Poseidon". A decisão de arriscar neste "Snakes on a plane" foi conturbada. Mas, pelas críticas que li, pensei se não haveria ali potencial escondido...

Meus amigos, estamos, na minha humilde opinião, perante a grande surpresa de 2006. Mais. Aposto dinheiro (pouco, mas porque sou forreta) em como este vai ser daqueles filmes de culto, que a próxima geração vai ver em grandes noitadas de convívio em casa, logo após a jogatana de sueca, e a ocasional gan..-censurado- (ou no meu caso, uns cigarrinhos de chocolate). Uma pérola!

Vamos então, passar à análise.

- O contexto é básico: um assassino tenta impedir que um jovem testemunhe contra si.

- A história é... isto: a melhor maneira que este génio do crime encontrou para matar o chavalo foi enchendo o avião que o levaria ao tribunal com 450 cobras venenosas.

- As cobras são... animações por computador do tempo do primeiro "Anaconda".

- Todo o ambiente, cenários, vestuário, interpretações e orçamento estão muito lá, junto com qualquer grande filme de série B.

Mau, mau, mau... Tão mau que é simplesmente delicioso ver todos estes pormenores a encaixarem perfeitamente num filme de fazer cócó a rir, mas ao mesmo tempo, capaz de nos fazer dar saltos na cadeira quando salta uma cobra dum buraco qualquer e abocanha qualquer parte de um qualquer passageiro. Arrrrrepianteeeeeeeeee!

O casting para este filme não há-de ter sido fácil. Com um guião destes, só posso dizer que a contratação de Samuel L. Jackson para o papel principal significa que, ou metade do orçamento total do filme foi para o senhor, ou então que, o mesmo foi capaz de ver além da história, além das filmagens, além do próprio guião, e viu o tremendo filme que dali podia sair. Como estamos a falar do JULES, do "Pulp Fiction", não vou arriscar. O homem percebe realmente da coisa.

Gostei de ver Julianna Margulies no papel de Claire, uma das hospedeiras de bordo. Já a tinha visto em "Ghost Ship", mas só sei isso porque me lembro que vi o filme, sinceramente nem me lembro dela. Mas na célebre série "ER", gostava de a ver. Boa surpresa.

Também gostei do senhor David Koechner, como Rick, um co-piloto tarado e patego, mas no fundo boa pessoa.

Dêm-me mais destes.

8/10

Thursday, September 28, 2006

equipa do blog foi à ante-estreia....

... do "Serpentes a bordo". Não é mau.

Sunday, September 24, 2006

My Super Ex-Girlfriend

Este foi o eleito para mais uma noite de Sábado no cinema. A concorrência era forte, com títulos como "World Trade Center", "Garfield 2", "The Sentinel", ou o potencial preferido dos autores do blog, "An Inconvenient Truth", como sérios candidatos ao visionamento.

Como este último não se encontra disponível do lado de cá do Tejo, esta comédia sobre um gestor de projectos de design que dá com os pés a uma super-heroína (conscientemente!!!) acabou por prevalecer, e a sensação com que fiquei, no final do filme, foi a de que tinhamos feito a escolha correcta.

Nada do outro mundo, mas satisfatório como comédia. Boas interpretações, boa história, bom final. Os efeitos especiais é que fazem dar ainda mais valor ao trabalho realizado este ano, em "Superman Returns". Mas esse é de outro nível.

6/10

Friday, September 22, 2006

Preview: The Fountain


Quando eu pensava que "Eragon" seria o único filme pelo qual ansiar até ao final do ano, eis que me deparo com esta pérola. Hugh Jackman em grande, em 2006!


Mission: Impossible III

É verdade. Fui forçado a ver este filme em DVD. Lembro-me que na altura em que saiu no cinema, foi complicado arranjar companhia para ir ver. E, quando finalmente arranjei companhia, a sessão estava esgotada e fomos ver outro. Parecia o destino. Assim, sem tela, sem pipoca, disfrutei de um serão de "home cinema" como já não tinha à muito. Salvou-se o "surround", único investimento que realmente fiz em prol destas sessões. Depressa me chegaram as lágrimas aos olhos...

Como os anteriores M:I., o filme está brutal. Querem realismo? Não vejam filmes com o título "missão IMPOSSÍVEL"...

A história do filme é simples e eficiente: Ethan Hunt (Tom Cruise) encontra-se fora do activo, treinando agora jovens agentes. No entanto, Ethan continua a ser "o" agente, aquele que é chamado quando, como dizem em cinema, "the shit hits the fence". Como tal, assim que surge uma missão de maior importância, o senhor é inevitavelmente convocado, e volta a ver-se numa conspiração ao mais alto nível, arriscando a sua vida e a da sua jovem esposa, Julia (Michelle Monaghan).

O elenco deste filme é de nível. Philip Seymor Hoffman, Ving Rhames, Laurence Fishburne, entre outros. Mas o único que merece comentários é o Sr. Hoffman (podem vê-lo ao seu melhor nível em Capote, como Truman Capote), no papel de Owen Davian, um traficante bem lixado, muito à altura da árdua tarefa que é ser inimigo de um herói como Hunt (alguém que só falha um tiro, quando não precisa realmente de acertar...). Mais uma boa interpretação deste actor. Personagem sádico, calculista, inteligente. Respeito por este mafioso.

Mas o sr. cruise é que me surpreendeu. Não que não goste habitualmente dos filmes dele, mas realmente esteve muito bem. Aproveitou bem o treino que recebeu para fazer "Collateral" e "The Last Samurai", para aparecer agora em grande forma, realizando pessoalmente muitas das acrobacias, o que permitiu a obtenção de excelentes planos, durante as cenas de acção (chega a ver-se o homem a fazer um sprint de algumas boas centenas de metros, sem cortes de imagem e sem abrandar). Bom esforço.

Só foi pena não ter visto no cinema.

8/10

Sunday, September 17, 2006

Um Homem na Cidade

Como estou com preguiça, aqui fica a sinopse do Público:

"Jack Giamoro (Ben Affleck) é um talentoso agente de actores que trabalha em Hollywood. Tudo lhe corre de feição até descobrir que a mulher (Rebecca Romijn) mantém um caso extraconjugal. E como se isso não fosse o suficiente, o seu diário, com todos os seus sórdidos segredos, vai parar nas mãos de uma jornalista decidida a acabar com ele." in Cinecartaz

Até gostei.

Wednesday, September 13, 2006

You, me and Dupree

Banal comédia ao nível a que Hollywood já nos habituou. Carl (interpretado por Matt Dillon, aquele rapaz do muito bom "There's something about Mary") e Molly (Kate Hudson) são um casal de recém-casados que é forçado a dividir a sua nova vida (e casa) com Randy Dupree (Owen Wilson), um romântico que acredita que se deve trabalhar para viver, e não viver para trabalhar. Basicamente, um calão de primeira.

A partir daqui, e sendo este o enredo inicial para o filme, fiquei feliz por saber que havia algo mais neste filme, além do óbvio conflito que esta estadia iria causar. Assim, entra em cena o pai de Molly, chamado apenas Sr. Thompson (interpretado pelo grande Michael Douglas, que também podemos ver neste momento no cinema, no filme "The Sentinel"), um implacável empresário (podre de rico, claro está) que acontece ser também o patrão de Carl, e como tal, acha que tem o casamento da filha na mão.

Em relação aos actores, o Sr. Douglas foi o que mais gostei. Consegue realmente fazer rir, apesar de, supostamente, não ser o cómico. Owen Wilson, apesar de começar a parecer uma impossibilidade achar-lhe piada, acabo quase sempre por gostar dos filmes com ele. Um verdadeiro mistério. Matt Dillon e Kate Hudson estão ao seu nível: médio/baixo. Mas não comprometem o filme.

Uma boa ida ao cinema, mas não esperem nada de extraordinário.

6/10

Saturday, September 09, 2006

Volver II

Até gostei do filme, mas realmente o playback que a Penélope Cruz faz.... enfim... pecou por isso! Espero que gostem da música, encontra-se em radioblog (banda-sonora).

Volver

Já sei o que estão a pensar. "Então mas este gajo diz que só gosta de blockbusters, mas não faz mais nada que é ver cinema alternativo?" - Influências positivas da namorada, e uma escassez de tempo para ver tudo o que sai, derivada do football manager. Adiante.

Volver. Novo filme de Pedro Almodóvar. Primeiro que vi do senhor. Gostei. Com boa história e boas interpretações (sem grandes brilharetes), este filme conta a vida de Raimunda (Penélope Cruz), uma mulher trabalhadora, de um bairro pobre, que durante o filme procura ultrapassar algumas dificuldades que lhe vão aparecendo, por forma a dar um melhor rumo à sua vida. A coisa funciona. O filme entretém.

Mal cheguei do cinema, apanhei uma entrevista com o escritor/realizador, onde, por opção própria ou indução por parte do entrevistador, acaba por dizer/concordar que este é um filme "semelhante" ao famoso "La mala educación", pelo facto de ambos procurarem retratar a mesma altura da sua vida, mas de lados opostos do prisma. Assim, este é um filme mais leve, mais alegre, que deverá agradar a qualquer pessoa que saiba minimamente o que esperar.

7/10

Sunday, September 03, 2006

Thursday, August 31, 2006

The Grudge 2

Ora aí está. Numa altura em que tanto se fala de SAW 3, surge no horizonte próximo a sequela daquele que, na minha humilde opinião, foi o melhor filme de terror dos últimos 10 anos - The Grudge. E, perguntam vocês, o que há de tão especial neste filme para que tenha obtido tamanha reacção da minha parte? Simples. Mete MEDO! Ao contrário da esmagadora percentagem de filmes de terror, este garante uma boa dose de saltos na cadeira, e um desconforto constante durante todo o filme, ao contrário da habitual e quase natural apatia que se sente a ver filmes deste género. E, para os mais alternativos, este foi um remake de um filme japonês de 2003, Ju-on. Pelo que ouvi dizer, se querem mesmo sustos a sério, vejam o original.

Com Sarah Michelle Gellar (a caçadora de vampiros preferida do público geral) a retomar o seu papel como Karen (um personagem bastante mais exigente que o habitual, para esta senhora), temos filme para (e isto digo eu!) que, daqui a alguns meses, as pessoas comentem: "Saw quê?"

Este filme estreia nos EUA a uma Sexta-Feira, 13!!! Que mais se pode pedir ao serão?

EU <- Entusiasmado.



Night at the Museum

Mais uma boa malha para este natal. Larry (Ben Stiller) é um segurança maçarico num museu de história natural, que, ao que parece, liberta uma maldição que faz com que os objectos do museu ganhem vida durante a noite <- inserir sorriso demonstrativo do reconhecimento do potencial deste cenário aqui ->.

Não sendo particularmente fã deste senhor (ou do realizador, Shawn Levy), tenho que admitir que já por algumas vezes me conseguiu levar às lágrimas (com a sua interpretação em Dodgeball, p.e.) e que a saga "Meet the Parents/Fockers" é daquelas que ficam na memória como das melhores dos últimos anos. De qualquer forma, se alguma dúvida existisse quanto à capacidade deste filme fazer rir, essa seria automaticamente dissipada pela participação do mais-que-tudo da comédia americana, Robin Williams, no papel de Theodore Roosevelt <- inserir novo sorriso (rasgado) demonstrativo do reconhecimento do potencial deste cenário aqui ->.

Um a-não-perder.



Tuesday, August 29, 2006

The Reaping

Vi hoje pela primeira vez o trailer deste filme, realizado por Stephen Hopkins, e protagonizado pela actriz, muito na moda, Hilary Swank.

Apesar de, como já disse, não andar com grande cabeça para filmes de pseudo-terror, este trailer agradou-me, gostei do contexto, e parece-me que será melhor que a maioria dos filmes do género que têm andado por ai.

Estreia marcada para 8 de Novembro nos EUA, já não o devemos apanhar por cá este ano.

Aqui fica o trailer.



Monday, August 28, 2006

True Lies

Por alturas de Sábado passado, marcando o relógio algumas 4h da tarde, estava eu em casa, sozinho, metido com os meus botões, numa já habitual sessão de zapping. E se há coisa que respeito, é um bom zapping. Faço-o à anos, sempre com a devida concentração. Assim, considero que, um zapping só é completo, se for feito até ao último canal, e que muito pouco conteúdo televisivo pode abortar o processo. Só mesmo aqueles poucos "escolhidos" têm a capacidade de me fazer deixar de dar ao dedo, convencendo-me imediatamente que, por mais que continue, não vou encontrar algo melhor.

"True Lies" é um "pára-zapping" por excelência. Realizado por James Cameron e protagonizado pela personificação do sonho americano, essa grande máquina de fazer blockbusters, Arnold Schwarzenegger, esta grande malha do cinema dos anos 90 oferece-nos um festival de cenas de acção e comédia, do melhor que hollywood já produziu.

No entanto, apesar de ser um "filme do Schwarzenegger", isto é, para mim e acima de tudo, um filme para rir às gargalhadas, e é principalmente aí, que se destaca dos restantes.

Harry (Schwarzenegger) é um espião que finge ser vendedor de equipamento informático, enganando até a própria mulher.

Helen (Jamie Lee Curtis) é a mulher de Harry, uma secretária que sonha em ser espiã, mas também nega esse facto do marido (que casamento!).

Albert (Tom Harnold) é o colega de confiança e melhor amigo de Harry. Divorciado "N" vezes, traído em "X" delas, é o principal responsável por manter o casamento do amigo de pé, apesar de toda a informação de pouca confiança que por lá circula. Rir do ínicio ao fim, com este senhor.

Simon (Bill Paxton) é um vendedor de carros usados, pouco dado a grandes feitos heróicos, sem moral, sem escrúpulos, sem um pingo de decência, e que finge ser espião para "facturar" com as senhoras. Segundo ele, o "negócio" até não vai mal, mas quando se admite isto ao marido de uma das suas "presas", a sua esperança de vida desce drasticamente. Um grande personagem nesta salganhada.

Salim (Art Malik) é o vilão, sem dúvida o ponto mais fraco deste filme. Sádico, mas estupidamente incompetente. Não se percebe...

Mas mesmo este ponto negativo não estraga o filme. Este personagem é apenas o cabecilha de uma organização terrorista, existem outros vilões, um pouco menos relevantes, mas bem mais trabalhados, mais coerentes (o que também não é díficil), o que acaba por disfarçar a coisa. Ufa.

Em suma, acção à lá Rambo misturado com o James Bond, mas com um sentido de humor muito bem trabalhado e inteligente, o resultado são 2 horas do melhor entretenimento possível, dentro do género. Não recomendo pipocas, existe a tendência a engasgar com rir.

Ide já a correr comprar o DVD disto. A esta altura, deve custar uns 4,99 €.

8/10

Thursday, August 24, 2006

Angel -A (ou Angela para os amigos)

Numa semana, dois filmes franceses! Muito bem, dá para treinar o que aprendi no meu curso intensivo de verão... Sobre o filme...a mim fez-me lembrar o "Nas Asas do Desejo" do Wim Wenders. Não desgostei, afinal é um homem que aprende a amar-se, com a ajuda de uma loira de 1,85 m de altura com umas pernas maiores que eu...

Para os mais distraídos, o actor entrou na Amelie (O Fabuloso destino de Amélie Poulin), e atravessa-nos com o seu olhar de cachorrinho abandonado, muito fofo.

A moça nem sei quem é mas... vou procurar...
Encontrei! è uma manequim dinamarquesa, que também já realizou, e fez a sua estreia em cinema no filme "Femme Fatale" do Brian di Palma...

Site do Filme

Angel-A

Lê-se "Ângela". É frânces. É a preto e branco. Ângela (Rie Rasmussen) é o nome duma miúda que ajuda André (Jamel Debbouze) a dar um novo rumo à sua vida.

Mas Ângela não é uma miúda como as outras, pode dizer-se que o nosso André ganhou a lotaria. A dever dinheiro a tudo quanto é mafioso de Paris, o desesperado personagem resolve atirar-se de uma ponte com uns bons 7-8 metros, como forma de tentar por termo à sua vida (?). É aí que conhece a Ângela, outra suicida, com a mesma ideia brilhante, saltar daquela pontezita para acabar com a sua miséria.

A partir daí, e após "salvar" a vida a Ângela, ela ajuda-o com os seus problemas, tentando fazê-lo entender o seu real valor. Uma coisa muito zen.

Não achei o filme bom. Com alguns bons momentos sim, com uma história interessante e que desenvolve bem até determinado ponto, mas que acaba por ter um final um pouco estranho, demasiado simples e conveniente. Escrito e realizado por Luc Besson, um dos mais conhecidos e notórios nomes do cinema europeu (grandes malhas como "The fifth element", "The transporter" ou o mais recente "Danny the dog"), este filme desiludiu-me um pouco, e por duas vezes: No ínicio, quando começava a ver aquilo que parecia ser um filme perfeitamente banal, e no final, quando, após ver que não era um filme perfeitamente banal, acabou com uma cena "dramática" muito mal conseguida, e exageradamente representada pelos actores (eu não percebo muito disto, aquilo se calhar até estava bastante realista, mas não me caiu bem).

Em suma, não é um filme para as massas. Mas é mais uma ida ao cinema, é mais hora e meia de película, é mais um balde de pipocas (se for caso disso). A ver, para quem for fã de cinema europeu.

Comprar o DVD é que não.

5/10

Wednesday, August 23, 2006

L'Enquête Corse

Último filme que vi. Francês, com actores franceses, realizado por um francês, falado em francês, passado na França. Bom, na Córsega, para ser mais preciso.

Esta comédia conta a história do detective Rémi François (Christian Clavier), mas que gosta de se apresentar como Det. Jack Palmer, porque acha que lhe dá um ar mais americano. Palmer é um detective um bocado caramelo de Paris, teso e desesperado, que é contratado para achar o Sr. Ange Leoni (Jean Reno), sob a impressão de que este havia recebido uma herança, e a sua presença seria necessária em Paris.

Ora, este Leoni, habita na Córsega. Eu não sei muito da Córsega, mas por este filme fiquei a pensar que aquilo era uma espécie de aldeia alentejana em forma de ilha. Toda a gente se conhece, todos têm muito orgulho na sua terra, e desconfiam de estranhos. Assim, Jack Palmer, o nosso herói, dirige-se à Córsega para encontrar o dito herdeiro e a história desenrola-se a partir daí.

O filme é, basicamente, uma paródia à Córsega e ao seu estilo de vida. Tudo com bom desportivismo, claro. Tanto desportivismo que, entraram diversos habitantes da ilha na rodagem deste filme.

As peripécias que vão aparecendo são muito clássicas, semelhantes a filmes mais antigos. Mas isso não tira o "charme" a este filme. Engraçado quanto baste, mete ao barulho uma espécie de mini-máfia, mas pouco, liderada pelo nosso Leoni, contra a polícia local e os agentes especiais de Paris, numa confusão de bom gosto, onde se vê incluído à força, o "grande" Jack.

A ver, se gostarem do género.

6/10

X: O ínicio ou A criação II

Decidimos fazer um blog em conjunto, visto ambos adorarmos cinema, assim fazia sentido fazer um blog sobre cinema (e provavelmente séries). Bom, não foi bem decidimos... Ele teve a ideia e eu colei-me e fiz um "Takeover" do blog (ihihihi). De qualquer modo, há duas coisas que quero deixar bem claras:
  1. Os posts do Pedro são tão grandes que os leio de atravessado;
  2. E não lhe liguem muito que ele já gostou de um ou de outro filme do Woody Allen (ihihih)
Para não haver confusões, antes de lerem o post, não vão pensar que fui eu que escrevi, passo a meter um X antes do título, assim escusam de ir enganados.

Superman Returns



Este é, sem dúvida, o blockbuster por excelência. E dentro dos mais antecipados blockbusters de 2006, este era aquele que mais esperavam ser uma desilusão. As duas vezes que fui ao cinema vê-lo, provaram-me o contrário.

Mais uma vez, Brian Singer cumpriu. E seria assim tão inesperado que o senhor que aos 30 anos de idade realizou a grande malha "The usual suspects", conseguisse trazer de volta ao grande ecrã o herói mais notório de sempre? Não. Só mesmo para quem não acompanhou a carreira deste jovem realizador, e não sabe o quão "geek" das BD's este gajo é.

Depois de "X-Men" e "X2" terem revolucionado a forma como o mundo fantástico da banda desenhada poderia ser convertido em filme, "Superman returns" apresenta-se como um dos melhores filmes de sempre, dentro do género (talvez o melhor, mas eu sou duvidoso, super-homem sempre foi o meu herói favorito), e junta-se a "V for vendetta" e a "Batman begins" na recente onda de espectaculares filmes de comics que tem por aí aparecido.

Primeiro, o cast. Começando pelo "menos bom", Kate Bosworth dá uma Lois Lane perfeitamente legítima, e tão bem ou melhor conseguida como as restantes ao longo das inúmeras adaptações do super-homem, tanto para cinema, como para tv. Chata, opiniosa, perigosamente curiosa, mas sempre boa pessoa. Gostei. Não conhecia a actriz, achei-a gira (morena, o loiro não a favorece muito), e fiquei agradavelmente surpreendido. Mas a partir daqui, o nível é outro.

Lex Luthor, um dos maiores vilões alguma vez representados nos livros aos quadradinhos, vinha altamente preenchido por esse grande patrão da indústria, Gene Hackman. Poucos nomes poderiam "calçar os sapatos" do personagem, principalmente tratando-se "Superman Returns", da sequela directa para "Superman II", onde o senhor Hackman domina. Assim, os candidatos não devem ter sido muitos. E quando Kevin Spacey aceitou o papel, um resultado final de classe, ficou praticamente garantido. E assim foi. Louco que baste, frio, calculista, sádico, interesseiro, genial mas um bocado patego (interpretação do realizador ou do actor, não sei, na BD Lex Luthor é bastante arrogante e seguro de si, e um pouco menos sádico), este novo Luthor adapta-se com excelência ao enredo do filme, mostrando, de forma simples e convincente, como um homem "normal" pode enfrentar um super-homem. Um espectáculo. Sempre acompanhado pela sua quase-fiel "sidekick" Kitty Kowalski (Parker Posey), Luthor procura, através dos cristais que rouba da "Fortaleza da Solidão", criar um mundo à sua medida, no qual não tem lugar o homem de aço. Para isso arrisca a vida de milhares de milhões de pessoas, ou "biliões" como dizem os americanos. Um maluco, este Luthor.

Finalmente, o melhor. Brandon Routh, esse que podem ver aí na foto armado em modelo, e que sozinho, foi responsável por quase toda a insegurança que se gerou em torno da possível qualidade deste filme, acabou por brindar todos os fãs do super-homem, com a melhor interpretação do herói alguma vez conseguida. É, de longe, tudo, neste filme. Desempenhou as cenas de acção com a concentração necessária, e nota-se o esforço em cumprir rigorosamente a ideia do realizador. As poses, os maneirismos, a confiança, tudo nele fazia realmente parecer que era um ser invencível. Absolutamente fantástico. Já como Clark Kent, faltou-lhe um pouco de "pateguisse", típica do personagem, como forma de manter a sua identidade secreta. Falta de jeito do actor ou tentativa de atenuar uma diferença exagerada que até agora existia entre super-homem e clark kent, tratando-se da mesma pessoa? Só o realizador o saberá. Eu desculpo este pormenor. Os mais críticos vão, com certeza, aproveitá-lo.

A história do filme está brutal e cheia de buracos que a malta vai adorar comentar. O super-homem volta à terra, mesmo a tempo de salvar a sua amada de uma queda de um avião. Vá-se lá saber como sobreviveu ela 5 anos sem ele. Simultaneamente, desenrola-se uma trama para conquistar o mundo, da parte de quem vocês já sabem, e que mataria muita gente, se fosse caso de chegar a esses pontos. Uma curva errada ali à saída de Saturno, o super-homem atrasava-se 5 dias e já perdia o gozo todo. Louvado GPS, de série, com qualquer nave kriptoniana.

Mas, a verdade é que o gajo estava cá, e sendo assim, o desenrolar dos acontecimentos foi fluido como a água, durante 2 horas e meia de filme, que passam em 30 minutos, onde finalmente já se vê a capa do super-homem a flutuar no espaço.

Não percam. Poucos filmes valem tanto o dinheiro como este.

9/10

A criação

Permitam-me, antes de mais, estender os mais sinceros e profundos cumprimentos a todos aqueles que , eventualmente, percam tempo a ler mais um blog da "minha" autoria. E digo "minha" (entre aspas, para os menos observadores) porque, desde que foi criado,e até a esta altura, este blog já foi alvo de trabalho (praticamente profissional), por parte do outro membro da equipa, bastante mais hábil e "enraízado" neste mundo do blogger: A minha "Maria", que contribuiu com o layout personalizado que podem ver, e de futuro, escreverá muitos e bons posts sobre cinema.

Este novo blog tem um objectivo simples: Ajudar qualquer amante de cinema, do bom ou do mau, do americano ou estrangeiro, que procure saber, de forma simples, o que está de bom ou mau por essas salas fora.

No entanto, para melhor conseguir entender o que pode, ou não, realmente ver (baseando-se nos meus comentários de pseudo-entendido), permita-me perder algum tempo a descrever o tipo de filmes que mais me puxam o olho, para depois não haver queixas do género "Li num blog que este Super-Homem era bom, mas afinal isto é uma aldrabice, os homens não voam":

Eu não sou cromo como a maioria dos críticos. Vivo a minha vida, aprecio o que ela tem de bom, gosto de saborear os seus mais variados aspectos. E considero o cinema um entertenimento por excelência. Se quiser ver cenas verídicas, de drama e desolação, vejo o telejornal. "Mar Adentro", filme espanhol sobre a batalha de um homem e o seu direito à morte (filme de qualidade e extremamente bem representado), não me seduziu.

Por outro lado, dêem-me todos os "The fast and furious" que quiserem, mesmo eu não gostando de carros. Basta-me a adrenalina da competição, a espectacularidade das manobras, a brutalidade dos despistes. Apesar de tudo, não vou ao cinema pelas gajas. Para isso alugava um porno.

Dito de outra forma: Se o orçamento de um filme ultrapassar o PIB de muitos países pequenos, estou lá. Se puder ver algo na tela que seja completamente fantástico e fisicamente impossível, e que nunca verei no mundo real, já valeu a pena. Se o herói vencer o mau no fim e ficar com a miúda, isto é cinema!

Por outro lado, e visto que não sou completamente ignorante, quando saio de um filme que não percebi e toda a gente à minha volta atira palpites para o ar, que supostamente justificam aquilo que acabaram de ver, quase tão absurdos como o filme em si, penso no dinheiro que gastei e em como lhe podia ter dado melhor uso, por exemplo, usá-lo para ajudar um agarrado nos semáforos a conseguir a sua dose. "Mulholland Drive" do Sr. David Lynch foi o pior filme que vi na vida. Nem a cena das lésbicas salvou tamanha confusão. Isto se houve realmente cena de lésbicas. Nem tenho a certeza se uma delas não era um robot. "Elephant" do Sr. Gus Van Sant, foi o único filme que vi na vida (e vi bastantes) onde realmente me deixei dormir. A história não era má, havia potencial, mas sinceramente, aquilo para mim, é má realização. Havia realmente necessidade de filmar a viagem que os putos fizeram desde casa, em silêncio, até à escola, em tempo real, incluíndo os 5 min a pé pelo parque de estacionamento? Adiante.

Sendo estes os piores exemplos cinematográficos dos quais me recordo, vamos passar aos melhores. Filmes de super-heróis da BD (exceptuando o "The Hulk" e o "Daredevil" (ou a grande maioria dos filmes com o Ben Affleck)), grandes épicos como "Troy", A saga "Star Wars", fantasias futuristas (The Matrix), thrillers de acção, animação, etc. Basicamente, a grande maioria dos blockbusters saidinhos de Hollywood. Isto é entertenimento. Isto vale 5 euros. Isto é cinema da pipoca!

Existem outras características que compelem audiências a assistir a um filme além da história ou género. O realizador (devo dizer que, não sendo um ponto no qual me baseio muito, sou fã do Tarantino (reparar na pic)), ou o Cast. Produtores como Jerry Bruckheimer também vão causando o seu impacto pela espectacularidade e qualidade constante dos seus filmes. Em termos de actores, e estabelecendo aqui uma boa base para futuros comentários à minha masculinidade, nunca vi um filme mau com o Brad Pitt.

Como qualquer opinioso, tenho a minha lista negra. Obviamente, o David Lynch está à cabeça, o Spielberg também já anda a abusar, e nunca fui muito à bola com o Woody Allen (embora o próximo filme dele, "Scoop", prometa). Meryl Streep, Hale Berry, Jamie Foxx são alguns dos actores que me lembro dos quais vi pouco, e o pouco do que vi desejei não ter visto. De qualquer forma, caro leitor, pode contar comigo para comentar praticamente tudo o que é feito neste mundo do cinema, à excepção de filmes de terror. A minha namorada não alinha nisso, e eu estou numa fase em que não me excita muito ver pessoas a magoar-se. Chamem-me lamechas.