Saturday, November 11, 2006

Little Miss Sunshine

Sinceramente, nestes casos particulares eu gostava de poder obrigar as pessoas a ir ao cinema ver um filme. Tal como eu, muita gente vai ficar na dúvida se este será um bom filme. Pelo título não se vai lá, pelo enredo também não ou mesmo pelo trailer. Os 8.2 no imdb também poderão não convencer. Mas o facto de ter Steve Carell (The forty year old virgin) é já um bom indicador daquilo que vão ver (já agora, dizer que o homem é absolutamente brilhante neste filme, muito além de todos os filmes que fez até agora), mas talvez ainda não convença toda a gente. E se isto não convence, não sou eu que vou conseguir. Mas vou tentar!

A história do filme é original. Uma menina de de 9 anos (Abigail Breslin, brilhante!!) vence um concurso regional de beleza infantil, e parte com toda a sua família (um pai convencido que é um "vencedor" (Greg Kinnear, também em bom plano), um tio suicida (Carell), um avô tarado (Alan Arkin, excelente a todos os níveis mesmo), um irmão que odeia tudo e todos (Paul Dano, já tinha visto outro grande filme com ele - The girl next door, aqui com muito mais protagonismo e ainda bem!) e a mãe (Toni Collette, que casting este!)... perfeitamente normal, por acaso) rumo ao concurso nacional (granda parentesis este último), numa carrinha VW da paz, aqueles pães-de-forma espectaculares, só com 3ª e 4ª mudança na caixa de velocidades. Uma road trip do melhor.

TODOS os protagonistas deste filme estiveram ao mais alto nível das suas carreiras. E afirmo isto sem precisar de ver tudo o que já fizeram. Basta-me achar que estiveram simplesmente perfeitos. A escrita e a realização deste filme são imaculados. Jonathan Dayton, Valerie Faris e o guionista Michael Arndt estão de parabéns, pois atingiram aqui um nível de criatividade raramente visto hoje em dia. Eu <- Completamente rendido.

O filme é indubitavelmente a melhor comédia do ano, provavelmente a melhor deste século, e sem dúvida umas das melhores que já vi no cinema em toda a minha vida. Aos 24 anos, pensei que já não conseguia contorcer-me a rir na cadeira como o fiz a ver isto. Considero um verdadeiro privilégio ver este filme, e não vão ver ninguém a sair desiludido da sala de cinema.

9/10 !!

In the spotlight: Aaron Eckhart

Pois é, isto anda tão mau que só hoje é que li o post preocupado da minha co-autora, que, sem dúvida, terá deixado muito boa gente em profundo estado de desespero. Mas não é verdade. A falta de tempo tem-me impedido de contribuir, é certo, mas quando tenho estes bocadinhos livres, aproveito para recuperar. Então vamos lá a isso :)

Aaron Eckhart é um nome que talvez muitos de vós não conheçam (pelo menos assim de repente). No entanto, quem, como eu, viu "Suspect Zero", sabe que estamos perante um actor dramático de nível, que contribui positivamente para os filmes onde marca presença.

A razão deste post prende-se com o facto de terem recentemente saido 2 bons filmes (quase em simultâneo) com este senhor, um dos quais ainda com estreia marcada para 23 de Novembro, outro já quase a abandonar as nossas salas, mas ainda disponível nalguns cinemas.

Começo então pelo segundo. "The Black Dahlia" é um policial que conta a história de 2 detectives envolvidos num caso de assassínio. O papel principal do filme está a cargo de Josh Harnett, que sinceramente, não me convence em filmes tão carregados. Gostei de "Lucky Number Slevin", mas não tenho dificuldade em acreditar que inúmeros outros actores poderiam substituir este rapaz, sem se perder absolutamente nada. Já o senhor do título, mesmo num papel mais secundário, aparece em bom plano, juntamente com Scarlett Johansson, tornando este filme um pouco mais apelativo. Quando terminei de o ver, não pude deixar de pensar em "L.A. Confidential", o que não faz assim tanto sentido, pois estes 2 filmes nem competem no mesmo campeonato.

The Black Dahlia vê-se, mas não se adora.

O outro filme com este senhor, desta vez como protagonista, tem o título caricato "Thank you for smoking", e conta a história do homem cuja profissão é "dar a cara" pela indústria tabaqueira, ou seja, ir a "talk shows" argumentar sobre o facto do tabaco causar (ou não) cancro, e fazer com que o miúdo que sofre de leucemia porque a mãe fumava, lá presente com o objectivo de sensibilizar a opinião pública, saia de lá com um cigarro na boca. Entre outras proezas.

O eu-vi-um-blockbuster teve acesso a uma "sneak preview" deste filme, e a opinião unânime (de 2 não-fumadores) é que o filme é imperdível. Muito bem escrito e realizado pelo Sr. Jason Reitman, o diálogo neste filme é extremamente hipnotizante. Tudo o que sai da boca do gajo faz sentido, mesmo quando se sabe que é tanga. A máxima é, claro: "Se souberes argumentar, nunca estás errado."

Maria Bello (outra favorita aqui no blog) também contribui para o filme, no papel da porta-voz da indústria do álcool, em acesas discussões com o representante do tabaco (Eckhart) e o representante da indústria das armas (David Koechner), sobre quem mata mais americanos por ano. Mas é sem dúvida o actor principal que atrai a atenção do espectador, um gajo fica ali mesmo à espera da próxima fala que sai da boca do homem.

Um grande papel, num grande filme, para um grande actor.

The Black Dahlia: 5/10

Thank you for smoking: 8/10

Monday, November 06, 2006

Será o fim do blog?

Pois é! Não temos aqui escrito por diversas razões, passo a enunciá-las:

1. O blog anda marado, sempre que colocamos um post o template avaria;
2. Porque é para consumo interno, ou seja, só quem escreve nele é que o lê, e como quem o escreve vê os filmes juntos... podemos falar e não será necessário escrever;

Bom entretanto já se viu muitos e bons filmes...
Estou a advinhar um fim triste para este blog!